São os flexitarianos que mais crescem entre aqueles que privilegiam os vegetais na dieta. Independentemente de se ser vegan, vegetariano ou flexitariano, a saúde está sempre no topo das motivações.

O número de adultos que segue uma dieta predominantemente vegetal em Portugal é superior a um milhão de pessoas, conclui um estudo elaborado pela consultora de inovação espanhola Lantern. Isto significa que 11,9% da população já se assume como veggie — o termo que engloba vegans (que excluem qualquer tipo de produto animal), vegetarianos (que não incluem peixe nem carne, mas consomem os seus derivados, como ovos, leite e mel) e flexitarianos (que comem carne e peixe só ocasionalmente).

A dieta com mais expressão dentro da comunidade veggie, refere o estudo intitulado “The Green Revolution 2021 Portugal”, é a flexitariana, com 800.000 portugueses a não abdicar totalmente da carne nem do peixe, mas a consumir predominantemente vegetais. Já os regimes alimentares que são considerados mais restritos — o vegetarianismo e o veganismo — somam um total de 180 mil e 40 mil pessoas, respetivamente.

Saúde, bem-estar animal e a sustentabilidade, por esta ordem, são as principais motivações e preocupações entre aqueles que optam por uma dieta com vegetais como base.

Sobre o perfil dos consumidores veggies, o estudo revela também que uma em cada sete mulheres é veggie, enquanto apenas 1 em cada 10 homens assume preferir uma dieta predominantemente vegetal.

Citado por um comunicado enviado às redações, o sócio da Lantern, David Lacasa, encara este crescimento como “uma tendência clara”, salvaguardando que ainda não é sustentado pelos dados de consumo, pois “não se verificou uma queda significativa nas vendas da carne vermelha”.

 

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